#AgoraÉQueSãoElas https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br Um espaço para mulheres em movimento Wed, 15 Apr 2020 11:52:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Baronesa https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/baronesa/ https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/baronesa/#respond Thu, 28 Jun 2018 20:08:17 +0000 https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Andreia-01-320x213.jpeg http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/?p=1491

Por Juliana Antunes

Belo Horizonte tem vários bairros com nome de mulher e a maioria deles nos leva para a periferia. Em 2008, quando me mudei do interior de Minas para a capital, recebi a seguinte instrução: os ônibus azuis, eu poderia pegar quase todos, mas deveria ter cuidado com os vermelhos, pois eles iam “pro outro lado da cidade”. Os anos foram se passando e o interesse de tornar a experiência dos ônibus vermelhos em filme se consolidou durante o meu trabalho de conclusão de curso (Cinema e Audiovisual – UNA).

 

Comecei a visitar os bairros procurando por mulheres que estivessem interessadas em participar de um filme usando um método de abordagem clássico: saí, junto com mais duas amigas (Marcela Santos e Giselle Ferreira) pregando cartazes nas ruas com os dizeres: procuram-se mulheres interessadas em fazer um filme. Resultado pífio, quase nenhum retorno, exceto por um cartaz colado ao lado de um salão de beleza. A partir daí, se formou um dispositivo: mulheres que trabalham e ou/frequentam salões de beleza e moram em bairros com nomes femininos. O “salão da Pâmela” se tornou o meu ponto de partida para o roteiro que se baseava no cotidiano do salão e da comunidade.

 

Em uma tarde no salão da Pâmela, Andreia (protagonista do filme) entrou, experimentou uma blusa, me fitou no espelho e saiu. Por intuição, comecei a procurar por ela – que não havia  concordado em fazer um filme a priori. E ela, depois me disse: chegou a se esconder debaixo de um carro pra não ser encontrada por mim.

 

Foi em Agosto de 2015 que houve uma virada. Estávamos filmando Pâmela, quando Andreia resolveu nos dar uma cena na qual ela fazia as unhas de uma cliente. Mostrei o material filmado para ela e afirmei: você é uma grande atriz. Andreia topou fazer o filme com a seguinte condição: a de que eu vivesse na favela, pois ela não poderia me dar todo o seu tempo e nem saber com antecedência quando poderia gravar.

 

Aluguei um barracão de 30m para morar sozinha e lá fiquei por quatro meses, com visitas semanais da equipe. A chegada à Vila Mariquinha não foi tranquila e a maioria das pessoas, sobretudo Andreia, pensavam que eu era uma agente policial infiltrada. No exato dia da minha mudança, uma guerra de gangues rivais se anunciou e mudou completamente os rumos do projeto: um filme sobre salões de beleza daria lugar à uma rotina áspera e entrincheirada. A nossa presença na favela e na casa da Andreia atraiu Negão e Leid, vizinho e cunhada, respectivamente, que entraram de uma maneira muito orgânica no projeto que foi filmado de uma maneira diferente da lógica tradicional aplicada ao mercado de cinema. Algumas cenas eram ensaiadas e gravadas várias vezes. Outras se davam pelo risco do real.

 

O fato de estarmos em uma equipe reduzida e majoritariamente feminina fez do nosso encontro um filme com mulheres na construção conjunta: na frente e atrás das câmeras – o que estabeleceu outros parâmetros de organização da equipe, de possibilidade de fazer cinema, pois não só a história se reconfigurou, mas a narrativa também acabou dando a ver essa invenção de lugar comum – que não eram nem da equipe, nem das atrizes: foi um lugar comum que inventamos e que implicou na invenção de uma relação.

 

O material bruto gerado dos meses de imersão era extenso. Foi aí que o realizador Affonso Uchoa (A vizinhança do Tigre e Arábia) se debruçou em mais 60 horas de um material irregular e complexo. Assistimos, juntos, todas as imagens a fim de encontrar um rumo para o filme, que, apesar de indicações de um roteiro prévio, não estava completamente definido. Meses de trabalho nos levaram a uma escolha de 15  horas de material bruto e indicavam caminhos de filmes possíveis. E foi neste momento que a montadora Rita Pestana entrou no projeto e somou forças ao filme que se deve muito ao trabalho de montagem.

 

E bem, sempre fica a pergunta: é documentário ou ficção? Pra mim, toda ficção tem muito de documentário e todo documentário, tem ficção. Costumo dizer que Baronesa é um filme de “não atrizes” feito por uma “não diretora” e uma “não

equipe”. Foi a primeira vez de todo mundo no cinema. Andreia e Leid são grandes atrizes, só não tiveram oportunidades na vida de se destacarem como tal, assim como a maioria mulheres da equipe não haviam tido oportunidade de trabalho no mercado de trabalho, pois estavam no começo de carreira de uma uma profissão que ainda opera em lógica ainda muito masculina.

 

Baronesa foi selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais. Premiado nos festivais de Tiradentes (Brasil), FID Marseille (França), Havana (Cuba), Mar del Plata (Argentina), Indie Lisboa (Portugal), Valdívia (Chile) e Ourense (Espanha), o filme está em cartaz pela SESSÃO VITRINE em várias salas de cinema pelo país. O maior desafio do cinema nacional é a distribuição e conseguir colocar o filme em cartaz é algo que nos deixa extremamente felizes. Para que Baronesa tenha um vida em cartaz, é preciso que as pessoas ocupem as salas e falem do filme para as amigas e amigos e postem nas redes sociais, pois um filme tão independente precisa do “boca a boca” para chegar às pessoas.


Juliana Antunes é cineasta

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#ChegaDeFiuFiu: uma campanha, um filme, um aprendizado coletivo https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/08/chega-de-fiu-fiu/ https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/08/chega-de-fiu-fiu/#respond Fri, 08 Jun 2018 18:26:54 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/?p=1444

Por Juliana de Faria, Amanda Kamancheck e Fernanda Frazão

Uma das consequências mais tristes do assédio sexual é a solidão que ele traz. Não queremos ser inocentes: é claro que os traumas psicológicos e as dores físicas decorrentes de uma violência podem ser duradouros, até eternos. Mas a culpabilização da vítima é padrão tão arraigado no processo que leva até a própria mulher a se culpar pelo que sofreu. “Foi a minha roupa? O horário que saí de casa? O caminho pelo qual escolhi passar?” O assediador nos violenta e leva consigo parte da nossa autonomia, da nossa história, pois é difícil falar sobre o ocorrido quando acreditamos que o que aconteceu foi derivado de nossas escolhas.

A Chega de Fiu Fiu, que surgiu em 2013 como a primeira campanha da ong Think Olga, tinha como objetivo denunciar o assédio sexual, principalmente em locais públicos. Aquilo que por anos foi entendido como algo trivial, “parte do jogo de ser homem” ou até mesmo uma brincadeira, não seria mais tolerado. Era preciso mostrar que o que a sociedade normalizava, estava machucando, humilhando e amedrontando as mulheres. E um efeito não mapeado da ação foi justamente o combustível para que ela tivesse força para durar até hoje: unir vítimas ao redor de suas dores, antigas e novas. Falar sobre elas não as eliminava, mas certamente extinguiu a solidão que o silêncio e a vergonha conservavam. Aprendemos que somos mulheres diferentes, mas nossas experiências violentas dialogam entre si. Não por uma opção de vestuário ou caminhar na rua, mas sobretudo por enfrentar a vida como mulheres.

Aprendemos também que a coragem é viral. Basta a denúncia de uma mulher para que outras a sigam – como no jogo de dominó em que a primeira peça derrubada leva consigo todas as outras. Foi essa força coletiva que nos ajudou, lá atrás, a dar mais um passo na campanha. Queríamos produzir um documentário sobre o tema e, por meio de um financiamento coletivo, conseguimos o apoio de mais de 1200 pessoas que igualmente acreditavam no poder do audiovisual como ferramenta de educação social.

A partir da pergunta “a cidade tem um gênero?”, fomos mergulhando em uma série de camadas que nos mostram por que as cidades são inseguras para as mulheres. Percorremos os principais obstáculos ao direito à cidade, desde a ausência da perspectiva de gênero no planejamento urbano, à má qualidade dos serviços de atendimento às vítimas de violência e à escassez de um debate aberto sobre o tema nas escolas.

A fim de demonstrar por que o espaço público não pertence às mulheres, trouxemos para a narrativa a desigualdade de poder entre homens e mulheres no uso desse espaço. Para isso, utilizamos estratégias como diários feitos com celular, onde nós e as personagens catalogávamos assédios do cotidiano; um experimento com um óculos com uma microcâmera, a fim de registrar olhares e falas dos autores da violência; entrevistas diretas com especialistas no tema; grupos focais com os homens, para debater masculinidades; e, mais importante, a história de 3 personagens: Rosa Luz, uma mulher trans, negra e artista visual moradora de Brasília; Raquel Carvalho, manicure e estudante de enfermagem, negra, de Salvador; e Teresa Chaves, professora do Ensino Médio e cicloativista, de São Paulo.

Priorizamos na escolha das personagens não somente diferentes regiões do país, mas dialogar com as mulheres mais vulneráveis, aquelas às quais as políticas não chegam, que são as mulheres negras, pobres, e as trans. Embora as mulheres negras já circulem há muito mais tempo nos espaços públicos, dado que sempre trabalharam como operárias – nas casas de outras pessoas por exemplo –, a elas o direito à cidade é ainda mais restrito. O acesso ao transporte público e à mobilidade como um todo, à moradia, à qualidade de vida e ao lazer são ainda mais limitados. A violência aí aparece de forma brutal e latente, não somente na restrição aos direitos, mas também no assédio que se mostra ainda mais violento e objetificador.

Trazer a força da campanha Chega de Fiu Fiu para um filme foi um esforço imenso. Envolveu reviver violências e registrá-las. Mas, nossa grande preocupação sempre foi mostrar a agência das mulheres, sua força e capacidade de transformação de um cenário hostil e opressor. Queríamos mostrar como elas estão ocupando as cidades, a partir de uma perspectiva feminista, seja na internet ou nas ruas. E, com isso, trazer ideias sobre como construir juntas cidades para as mulheres. Já não estamos mais sozinhas.

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* Juliana de Faria é fundadora da ONG Think Olga e criadora da campanha Chega de Fiu Fiu; Amanda Kamancheck Lemos e Fernanda Frazão assinam a direção do documentário homônimo, em cartaz nos cinemas

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Carta das Mulheres do Audiovisual para os Festivais de Cinema Brasileiros https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/02/carta-das-mulheres-do-audiovisual-para-os-festivais-de-cinema-brasileiros/ https://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/02/carta-das-mulheres-do-audiovisual-para-os-festivais-de-cinema-brasileiros/#respond Fri, 02 Feb 2018 17:58:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/?p=1281
Julia Katharine com o Prêmio Helena Ignez: primeira trans premiada na história da Mostra de Cinema de Tiradentes. Foto: Leo Lara/Universo Produção/Divulgação

Vinte e nove mulheres presentes na 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes reuniram-se, no dia 26 de Janeiro, para conversar sobre a presença da mulher no mercado audiovisual brasileiro e, mais especificamente, nos festivais e na referida mostra.

Percebemos que a organização da Mostra empenhou-se em promover, nesta edição, uma maior participação das mulheres nas mesas de debates e também nos júris, o que denota atenção à questão da diversidade de gênero. Porém, notamos a presença, majoritária e por vezes exclusiva, de mulheres brancas nesses espaços, de tal forma que, sobretudo à luz dos dados recém-divulgados sobre Diversidade de Gênero e Raça no Brasil¹, destacamos ser urgente e necessário promover, também nos festivais e mostras, paridade não somente de gênero, mas de raça e etnia.

Além disso, presenciamos em mais de uma ocasião, o discurso machista sendo proferido de forma escancarada, ou de forma sutil, por homens em situação de poder, encarregados de ministrar oficinas ou de criticar e debater os filmes. O efeito mais tangível do machismo é a desconsideração da fala, a desqualificação das competências e habilidades e o desprezo pelo trabalho de nós, mulheres. Não basta termos voz. Precisamos ser escutadas e ter nosso mérito reconhecido.

Como resultado desta nossa conversa, subscrevemos algumas sugestões – extensíveis a outros festivais, mostras e eventos do audiovisual brasileiro – objetivando a reparação da desigualdade de gênero e raça/etnia, e visando a construção de uma cultura de não violência contra as mulheres e de combate ao machismo.

Sugestões:

– Realizar uma coleta de dados mais completa através de um novo formulário de inscrição das obras, a fim de mapear gênero, raça/etnia, identidade de gênero, orientação sexual, origem socioeconômica, entre outros elementos pertinentes. A disponibilização e publicização desses dados contribuirá para a obtenção de indicadores que impactem na criação e no fortalecimento de políticas públicas para um desenvolvimento responsável do nosso setor, reforçando o papel relevante de Festivais e Mostras na cadeia de produção do audiovisual brasileiro;   

– Buscar a paridade de gênero e de raça/etnia entre as pessoas que integram tanto a curadoria, quanto o júri, as mesas de debate (tanto na mediação quanto na crítica), bem como na cobertura de imprensa, a fim de abarcar olhares plurais e desmistificar e desnaturalizar o homem branco como sujeito universal;

– Promover ambiente seguro para mulheres, através de, por exemplo, canais de denúncia de assédio e quaisquer tipos de violência. Vale lembrar que já há iniciativas de festivais como de Rotterdam e de Sundance, que criaram códigos de conduta próprios posicionando-se ativamente e de forma responsável pela segurança das mulheres;

– Atentar para não restringir a participação de mulheres a apenas discussões de gênero no cinema, assim como restringir profissionais negrxs a questões raciais e profissionais indígenas sobre questões indigenistas, contribuindo para a inserção efetiva dessas profissionais;

– Jamais classificar o cinema feito por mulheres, por LGBT ou por pessoas não brancas como um cinema de gueto ou nichado apenas por considerar o gênero, a sexualidade ou a raça/etnia de quem realiza os filmes. Essa prática de classificação é própria ao mercado, para fins de investimentos e direcionamentos de público, e não serve aos interesses de um festival, cujo objetivo é, entre outros, promover e (re)conhecer a produção contemporânea, livre de qualquer pré-julgo dessa natureza;

– Ainda que tenha sido muitíssimo significativa a criação do Prêmio Helena Ignez para celebrar uma personalidade feminina de destaque na Mostra, vale dizer que é o único prêmio da noite a não oferecer incentivos de ordem prática e material. A fim de contribuir para a efetiva inclusão de mulheres no mercado cinematográfico, um troféu não nos parece o suficiente. É preciso apoiar a continuidade do trabalho das mulheres por meio de aporte financeiro, sobretudo quando, diante de um cenário desigual, as produções dirigidas por homens têm três vezes mais chances de serem premiadas².

Coletivamente, colocamo-nos dispostas ao diálogo contínuo com a organização da Mostra de Cinema de Tiradentes e aos demais festivais que desejam realizar suas próximas edições de forma cada vez mais consciente e ativa, lutando juntos pela transformação da nossa sociedade.

 

Saudações cordiais,

Adriana Souze – Fotógrafa (SP)
Alana Rodrigues – Roteirista de Cinema e Televisão
Alessandra Brandão – professora e pesquisadora (SC)
Alice Andrade Drummond – realizadora e diretora de fotografia (SP)
Alice Name-Bomtempo – roteirista e diretora (RJ)
Alice Riff – diretora e produtora executiva (SP)
Amanda Bortolo – Produtora
Amanda Devulsky – diretora, roteirista, montadora, pesquisadora (DF/RJ)
Ana Florença – produtora / programadora (RJ)
Ana Galizia – diretora e diretora de fotografia (RJ)
Ana Julia Travia – diretora, roteirista e montadora (SP)
Ana Lígia Becker – administradora Museu da Imagem e do Som de SC (SC)
Ana Ornelas – Roteirista e videomaker (SP)
Ana Paula Alves Ribeiro – professora e pesquisadora (RJ)
Ana Paula Mendes – Produtora Executiva (SC)
Andrea Lanzoni – produtora (SP)
Anna Iunes – diretora e diretora de arte – Rio de Janeiro (RJ)
Bárbara Bergamaschi – dir. fotografia, realizadora, crítica e pesquisadora (DF/RJ)
Barbara Vida – Atriz, produtora e cineclubista (RJ)
Bea Gerolin – diretora, roteirista e diretora de arte
Beatriz Leal de Araujo Marins
Beatriz Saldanha – Crítica, curadora e pesquisadora (SP/CE)
Bia Medina – Produtora (SP)
Bianca Zasso – crítica (RS)
Bruna Carvalho Almeida – diretora e montadora (SP)
Bruna Leal – Roteirista, Fotógrafa eAtriz (MG/RJ
Bruna Schelb Correa – diretora, roteirista e produtora (MG)
Brunna Laboissière – Diretora e Produtora (Goiânia/São Paulo)
Carine Fiúza
Carla Gallo – diretora, roteirista, produtora (SP)
Carla Siqueira – pesquisadora de conteúdo e imagens (RJ)
Carol Almeida – Pesquisadora e crítica de cinema (PE)
Carol Benjamin – documentarista (RJ)
Carol Ribeiro, jornalista e produtora (RJ)
Carol Rodrigues – diretora e roteirista (SP)
Carolina Barres – atriz, roteirista e professora (SP)
Carolina Dib – Produtora (RJ)
Carolina Santana Santos – discente em Cinema e audiovisual (PR)
Caroline Biagi – diretora e roteirista (PR)
Caroline Mariga – diretora de fotografia, pesquisadora (SC)
Caroline Marins– Produtora Executiva e coordenadoraa de produção (SC)
Caru Alves de Souza – Diretora, Roteirista e Produtora (São Paulo/SP)
Catarina Bassotti – Roteirista e Pesquisadora (SP)
Catu Gabriela Rizo – Diretora, Pesquisadora e Fotógrafa (Baixada Fluminense/RJ)
Cíntia Domit Bittar – diretora, produtora, roteirista e montadora (SC)
Clara Bastos – diretora, montadora e pesquisadora (SP)
Clara Chroma – montadora (RJ)
Clara Meirelles – Roteirista e Diretora – RJ
Clarissa Dutra – Produtora e Fotógrafa (Recife/PE)
Cleissa Regina Martins – Pesquisadora (RJ)
Coletivo Kbça D’ Nêga – Niterói (RJ)
Corina Tuyama – Diretora, montadora, produtora e diretora de fotografia (sc)
Cris Lyra – diretora de fotografia, SP
Cris Ventura – Diretora, produtora e professora (MG/GO)
Cristine Larissa Classen – Agitadora do baixo meretrício e produtora (SC)
Daina Giannecchini – Diretora, produtora e assistente de direção (SP)
Dandara de Morais – atriz, bailarina e roteirista (PE)
Dani Seabra – Assistente de Direção e Diretora (SP)
Daniela Arruda – Diretora (RJ)
Deborah Raposo – Produtora e Fotógrafa (RJ)
Duda Gambogi, diretora, roteirista, atriz e crítica (RJ/MG)
Duda Las Casas- diretora ( Bh/RJ)
Ediana Souza – Atriz e Realizadora  (SP)
Elizabeth Martins Damaceno – Assistente de direção (RJ)
Emanuela Carla Siqueira – Crítica e Pesquisadora (PR)
Emy Lobo, diretora e fotógrafa (RJ)
Erica de Freitas – Produtora Executiva e Roteirista (RJ)
Érica Sarmet – roteirista, diretora, curadora e pesquisadora (RJ)
Eugenia Kimura, produtora e roteirista (SP)
Fatinha Lima – Cineclubista do Favela Cineclube (RJ)
Fernanda Lomba – produtora (SP)
Flávia Person – pesquisadora e documentarista (Florianópolis-SC)
Flora Dias – realizadora e diretora de fotografia (SP)
Francine Barbosa – roteirista e professora (RJ)
Gabriela Bresola – produtora e diretora (SC)
Gabriela Caldas – direção, fotografia, montagem (SE /RJ)
Gabriela Orestes – Produtora (SP)
Gabrielle Cristina Ferreira – editora de imagem e som, finalizadora (SP)
Giovana Tintori – atriz (MG)
Glênis Cardoso – realizadora, curadora (DF)
Graciela Guarani-Cineasta Ameríndia (MS) (PE) (AA)
Grazie Pacheco – roteirista, diretora e montadora (SP)
Heloisa Passos – realizadora e diretora de fotografia (PR/SP)
Iana Cossoy Paro – Roteirista (SP)
Iasmin Alvarez – diretora e produtora.
Inês Nin – diretora, roteirista, pesquisadora, cenógrafa, editora (RJ/SP)
Isabel Wittmann – crítica e pesquisadora (SP)
Isabelle Simões de Souza – crítica (MG)
Issis Gabriela da Silva Valenzuela – Diretora e produtora (SP)
Janaína de Castro Alves – Produtora e Assistente de Direção (MG/RJ/SP)
Janaina Oliveira Re.Fem. – Diretora (RJ)
Janine Bastos – Produtora executiva//Produtora de elenco (RJ
Jaqueline M. Souza – Roteirista e Produtora (PR/SP)
Jessica Queiroz – Diretora e montadora (SP)
Joana Imparato – Figurinista (São Paulo/ SP)
Joyce Pais – Diretora, Roteirista e Pesquisadora – (SP)
Julia Katharine – atriz, roteirista e diretora (SP)
Julia Leite – diretora e fotógrafa (SP)
Júlia Rodrigues Mota- roteirista ( RJ)
Juliana Rojas – diretora e roteirista (SP)
Karen Suzane Silva – técnica de som/ assistente de som ( MG )
Keila Serruya – Diretora e Produtora (AM)
Laís de Oliveira Diel Souza – Produtora (RJ)
Laís Lorenço
Laís Melo – roteirista, diretora e diretora de arte (PR)
Lara Lima – produtora (SP)
Larissa Lisboa – diretora, produtora e pesquisadora (AL)
Laura Barile – roteirista (SP / MG)
Letícia Bello – produtora e som (SP)
Letícia Magalhães – crítica e pesquisadora (MG)
Lígia Souto – atriz, roteirista e continuísta (SP)
Loli Menezes – Produtora, Diretora, Diretora de Arte e Figurinista (SC)
Luana Cabral – curadora, realizadora (RJ \ ES)
Luana Chaves Farias – Educadora audiovisual, produtora, fotógrafa (RJ)
Lucia Possas – Produtora (RJ)
Luciana Eastwood Romagnolli – crítica e pesquisadora (MG)
Luciana Oliveira – Realizadora e pesquisadora (SE)
Ludmila Naves – Roteirista e Realizadora (SP)
Luisa Caffagni – Produtora (SP)
Luiza Leal – diretora e montadora (AL)
Lygia Pereira – Produtora, Diretora (SP)
Maju de Paiva – roteirista e diretora (RJ)
Manoela Cezar – Diretora e montadora (SP)
Manuela Andrade – diretora, roteirista e produtora (PE)
Marccela Moreno – diretora, roteirista e montadora (BA / RJ)
Maria Angelica Lemos –  diretora, editora, produtora
Maria Augusta Vilalba Nunes – Diretora e roteirista (SC)
Maria Caú – crítica, pesquisadora e roteirista (RJ)
Mariah Benaglia – produtora (PB)
Mariana Brasil – produtora executiva – (SP)
Mariana Leão – cantora, editora de som (SP)
Mariana Moraes – Montadora (SP/AmP)
Mariana Vieira – editora de som e roteirista (SP)
Marina Kosa – Diretora  e montadora (SP)
Monique Rocco – Produtora, Produtora de Conteúdo, Pesquisadora (RJ / RS)
Nayara Mendl – diretora e diretora de fotografia (SP)
Olívia Pedroso- Assistente de Direcão (SP)
Patrícia Miguez – crítica (PR)
Paula Sonnewend Serra – VIdeomaker e fotógrafa (SP)
Piera Portasio – roteirista e montadora (SP)
Poliana Paiva – roteirista e atriz (RJ)
Priscila Maia – Roteirista e Pesquisadora (RJ)
Priscila Nakamura – montadora e roterista (SP)
Quesia Pacheco – Atriz, roteirista e diretora (RJ)
Quézia Lopes – diretora, roteirista, produtora e montadora (RJ)
Rafaela Camelo – roteirista e diretora (DF)
Raquel do Monte – pesquisadora, professora e curadora (AL)
Raquel Valadares – diretora, produtora e pesquisadora (RJ)
Regina Barbosa – Produtora, realizadora e Roteirista (PE)
Renata Corrêa – diretora de fotografia e ass. de câmera (PR)
Renata Schettino – produtora (MG)
Rosa Miranda – realizadora, arte-educadora, roteirista e produtora (Niterói – RJ)
Sabrina Fidalgo – Diretora e roteirista (RJ)
Sabrina Greve – atriz e diretora (SP)
Sálua de Paula Oliveira – som, pós-produção, realização  (PE/SP)
Samantha Brasil – curadora e crítica (RJ)
Sarah Hamayanne Couceiro Pimentel – Produtora e Produtora Executiva (AM)
Sassa Souza – pesquisadora, roteirista e montadora (RJ)
Simone Caetano – Diretora e Produtora (GO)
Sophia Pinheiro, realizadora e pesquisadora (GO)
Stefani Raquel – roteirista, diretora, figurinista e pesquisadora (SP)
Stephania Amaral – pesquisadora e podcaster Feito por Elas e Cinematório (MG)
Susan Kalik – diretora, produtora e roteirista (BA)
Tainá Muhringer – roteirista e pesquisadora (SP)
Tainá Rei – Diretora e roteirista (RJ)
Tainah Negreiros – Pesquisadora (PI/MA/SP)
Taisa Teixeira Campos – Cenógrafa e diretora de Arte (MG)
Talita David – produtora (PR)
Tamara Cleveland – Diretora, Roteirista e Produtora (SP)
Tatiana Anjos – Produtora (RJ)
Thays Pantuza – Diretora, produtora e montadora (RJ)
Tide Borges – Técnica de Som Direto(SP)
Tina Hardy – montadora e produtora (Pr/SP)
Valeska Bittencourt – diretora (SC)
Vanessa Camassola Sandre – Atriz, Diretora e Roteirista (SC)
Vanessa Fort – roteirista e produtora (SP)
Vanessa Leal – Montadora (Itajaí – SC)
Vanessa Rosa Gasparelo – Continuista (SC)
Vicky Balicas – Assistente de Câmera (SP)
Virginia Primo – cineasta (RJ)
Viviane Mayumi – diretora e assistente de direção (SC)
Wilssa Esser – Diretora de fotografia(Sp)
Yasmin Thayná – Diretora (RJ)


¹ Ancine apresenta dados sobre a desigualdade na produção cinematográfica brasileira: http://www.cineplayers.com/noticia/ancine-apresenta-dados-sobre-a-desigualdade-na-producao-cinematografica-brasileira/12820

² Homens brancos recebem 3 em cada 4 troféus de premiação de cinema: https://ponte.org/homens-brancos-recebem-3-em-cada-4-trofeus-de-premiacao-de-cinema

 

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