#VoteNelas: Juliana Cardoso

#AgoraÉQueSãoElas

Antes de ser vereadora eu sou militante

Por Juliana Cardoso*

Ao ser eleita vereadora em 2008 com 30 mil votos e reeleita quatro anos depois com 47 mil votos, consolidamos o mandato como instrumento de luta dos movimentos sociais, comprometendo-nos com a construção de uma cidade mais justa, livre, socialista e democrática.

Aos 36 anos, sou a única mulher de esquerda na Câmara Municipal. Descendente indígena, nascida e criada na periferia da Zona Leste, iniciei minha militância nas Comunidades Eclesiais de Base. Hoje, estou na Câmara num universo de 55 parlamentares, onde somente cinco são mulheres.

Lá, a maioria dos vereadores não tem uma vereança que seja vinculada à rua e ao movimento social. Penso que o meu diferencial foi a experiência que trouxe da Pastoral da Juventude, de estar na rua e na base, construindo junto com a comunidade. Somado à experiência da construção do Partido que queríamos, que precisava ser um partido que fizesse a mudança na vida das pessoas, o que quando chegamos ao governo fizemos com o Presidente Lula.

Ser mulher na política é difícil, porque estamos em constante luta pela conquista de espaço. Desde o movimento sufragista no século XIX até a Constituição de 1932, vivemos uma luta contínua para que a mulher possa votar e ser votada. Para que uma mulher como eu pudesse estar, hoje, no parlamento.

O Brasil enfrenta um golpe político, jurídico e midiático, em que a primeira mulher eleita Presidenta da República está afastada justamente por praticar políticas de igualdade jamais perdoadas pela elite retrógrada.

Neste momento em que o golpismo e o conservadorismo avançam na sociedade e nos espaços de poder do Estado, ameaçando conquistas históricas, é fundamental que continuemos este mandato que é fruto da luta e se pauta pelas batalhas das trabalhadoras e trabalhadores e pela construção de uma sociedade livre do machismo, do racismo e da homofobia.

Acreditamos que este mandato deva ter como alicerces a defesa dos serviços públicos, o fortalecimento do SUS, a luta por moradia digna com enfrentamento à especulação imobiliária, a defesa dos direitos das mulheres, a inclusão cidadã da população LGBT, a solidariedade aos imigrantes, a valorização da cultura popular, a batalha pelo parto humanizado, a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, as políticas públicas para o povo indígena e a luta contra o extermínio da juventude negra, pobre e periférica.

Estou empenhada na reeleição do Prefeito Haddad para aprofundar as conquistas já alcançadas e também fazer da cidade de São Paulo um polo de resistência. Garantindo repasses de verbas da União e do Estado para nossa cidade, visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica.

Convido para aderir a esta campanha todas as mulheres e homens, jovens e idosos, crianças e adolescentes que se identificam política e ideologicamente com nossas causas e ousam sonhar, resistir e lutar.

 

*Juliana Cardoso, vereadora PT/SP, no segundo mandato na Câmara Municipal de São Paulo e candidata à reeleição.